28 de fev. de 2012

Um guia para a Filosofia


Escritor suíço que coleciona uma legião de fãs, e também de críticos, fala de sua proposta de tornar a Filosofia mais palatável e a Arquitetura mais bela

Bruno Tripode Bartaquini



Na noite de 22 de novembro de 2011, a Sala São Paulo encontrava-se cheia. No burburinho pré-espetáculo, avistavam- -se mulheres de vestido longo e senhores de terno e logo a apresentação de violão deu lugar à atração principal. Esta não era, entretanto, alguma orquestra filarmônica ou uma grande comemoração de 80 anos de Paulo Maluf, mas uma palestra de 40 minutos do filósofo, escritor e apresentador suíço Alain de Botton. Com programas de TV e rádio na Inglaterra que explicam Arquitetura e Filosofia, livros que "ensinam a ler" filósofos e escritores clássicos, Botton é um dos mais evidentes personagens da nova onda de pensadores midiáticos do século XXI.

Em São Paulo, Botton expunha o conteúdo de seu novo livro Religião para ateus (Editora Intrínseca, 2011) lançado no Brasil antes da edição inglesa, tamanho o sucesso com o público brasileiro, que o descobriu há alguns anos com sua obra mais importante Como Proust Pode Mudar Sua Vida (Rocco,1999).

Na tentativa de explicar ao público leigo o que considera importante no teor das obras clássicas, é criticado por se abster do embate acadêmico e por simplificar diálogos intelectuais complexos enquanto reafirma o óbvio do senso comum naquelas obras. Seus temas favoritos são, em geral, relacionados à importância da beleza da Arquitetura na vida pessoal e questões intrínsecas ao cotidiano, como amor, status e amizade. Por isso, a mídia o classificou como autoajuda com verniz filosófico. Para ele, Sêneca, Sócrates e Epicuro também o eram. Veja os principais trechos dessa entrevista concedida por e-mail aposta a sua estada em São Paulo.

Enviado por Eri Santos Castro.
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