Ontem (22), de forma mais desabrida, os mercados mundiais passaram a cotar o preço de uma vaga no precipício da recessão. Pode ter sido apenas um ensaio rigoroso com figurinos à caráter e maquiagem carregada nas expressões de desespero e pânico. Mas o enredo está na ponta da língua dos protagonistas. Os mercados financeiros jogaram a toalha. A ausência de coordenação política para enfrentar o colapso da ordem (sic) neoliberal, associada à eminência de um calote encadeado na zona do euro, a partir da espoleta grega, deflagrou o efeito manada. O estouro precifica de forma selvagem as perdas e danos embutidos em 30 anos de finanças desreguladas. O principal deles, a insubordinação dos mercados à democracia, é resumido assim pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, em entrevista à Carta Maior: ‘‘Who's in charge? Quem é o encarregado?". Não havendo encarregado -"como não há" adverte, o Brasil deve tomar suas precauções: "Getúlio Vargas numa situação similar de fuga global de capitais não teve dúvida: centralizou o câmbio e fez o que tinha que ser feito", sinaliza o economista.
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Editado por Eri Santos Castro.
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