27 de ago. de 2011

Morre o Sr. Chiquinho de Jeco, do Jornal "Cidade de Pinheiro"

O Jornal Cidade de Pinheiro é o jornal mais antigo do Maranhão. Imaginem a ousadia de um homem a tempos bem atrás. A sede do jornal funcionava ao lado da casa da minha mãe. A REDAÇÃO, como todos chamávamos, era objeto de incursões minhas e do meu irmão Leo. O fantasma do dembargador Elizabeto Barbosa, nós cansávamos de ver. No lugar da casa da minha mãe e da REDAÇÃO agora funciona o Armazám Paraíba. A esposa de seu Chiquinho, Maria Fausta,  é a minha madrinha. Por sinal uma excelente professora de litertura do colégio Pinheirense, em todos os tempos.

Os meus primeiros poemas teve na pessoa do seu Chiquinho o seu editor. Seu Nadico, meu pai, sempre falava bem dele.

Francisco José de Castro Gomes, falecido hoje


Faleceu nas primeiras horas de hoje dia 26 de agosto de 2011, o Sr. Francisco José de Castro Gomes, carinhosamente chamado de Seu "Chiquinho de Jeco".

Aos 92 anos, seu Chiquinho deixa a sua esposa Maria Fausta Gomes Carvalho, a filha Elizabeth Carvalho Gomes Nogueira e três netos. Seu Chiquinho era funcionário aposentado do IBGE, foi juiz de paz em Pinheiro durante mais de 50 anos, foi um dos maiores desportistas da nossa terra, fundador de equipes importantes do esporte de Pinheiro.

Foi vereador, vice prefeito e prefeito substituto de Pinheiro. Herdeiro de uma das obras mais importantes já idealizadas em nossa terra pelo seu sogro o então desembargador Elizabetho Barbosa de Carvalho, que deixou e o encarregou de continuar o legado do mais importante e antigo jornal em circulação do Maranhão o “Jornal Cidade de Pinheiro”. 

Membro da Academia Pinheirense de Letras Artes e Ciência APLAC ocupava a cadeira de numero 09 e tinha como patrono Elizabetho Carvalho, escreveu muitos livros e sempre falando sobre a história de Pinheiro que ele pesquisava e conhecia como ninguém. Deixa em seus livros, registros que não se teria, se ele não tivesse deixado escrito.

Seu Chiquinho era considerado por muitos, principalmente pela classe estudantil da nossa terra que não saiam da sua casa, como a “Enciclopedia Viva” de Pinheiro, pois era nele que a maioria dos estudantes pesquisava e ficava sabendo, sobre a história da nossa terra e da nossa gente. Seu Chiquinho dedicou parte da sua vida ao jornalismo, no que ele considerava importante para Pinheiro, pois, era o TEIMOSÂO, como ele chamava – pela sua bravura em permanecer vivo a pesar das dificuldades - o único registro da história da nossa terra e da gente da região. Seu Chiquinho, com seu conhecido jeito tranqüilo e seus cabelos brancos inigualáveis vai deixar saudades.

Do Blog de Paulinho Castro.
Editado por Eri Santos Castro.
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