Ao afastar Antonio Palocci, a Presidenta Dilma Rousseff ganha espaço para uma reordenação política que corrija as lacunas de um ciclo inicial em que a principal agenda do seu governo era negativa: conter o crescimento para conter a inflação e a apreciação cambial.
A inflação já reverteu a curva ascendente. A instabilidade cambial não cede sem baixar os juros que atraem capitais especulativos, mesmo com algum controle sobre os fluxos externos.
Um bom recomeço seria interromper a nova alta da Selic que está sendo discutida na reunião do BC iniciada na terça-feira. O país vive um momento privilegiado de retomada dos investimentos nas áreas da infraestrutura, energia e construção civil. Nenhuma economia do mundo rivaliza com o leque de obras públicas em marcha no Brasil nesse momento, que
inclui a construção --simultânea-- de 3 hidrelétricas, 3 ferrovias e 5 refinarias, ademais de investimentos superiores a US$ 220 bilhões da Petrobrás na exploração do pré-sal, apenas no período 2011- 2015.
A expansão da capacidade produtiva, conforme mostrou o IBGE no 1º trimestre, cresce 50% acima da expansão do consumo. O horizonte econômico, portanto, esboça uma espiral virtuosa em que o fôlego da oferta corre à frente do ímpeto da demanda.
Esfarela-se a chantagem ortodoxa do descontrole inflacionário. O economista Amir Khair advertiu em recente artigo em Carta Maior que não se deve esperar da recuperação dos países ricos,sobretudo da economia norte-americana que patina em desordem financeira, dívidas insolúveis e retração do consumo, qualquer incentivo ao nosso desenvolvimento. O mercado interno, sinaliza Khair,deve ser o grande fiador da travessia brasileira nessa longa convalescência da crise mundial. Sufocá-lo com novas altas dos juros é transpor para a lógica economica a sangria imobilizante que se decidiu evitar na esfera política, com a mudança na Casa Civil.
A inflação já reverteu a curva ascendente. A instabilidade cambial não cede sem baixar os juros que atraem capitais especulativos, mesmo com algum controle sobre os fluxos externos.
Um bom recomeço seria interromper a nova alta da Selic que está sendo discutida na reunião do BC iniciada na terça-feira. O país vive um momento privilegiado de retomada dos investimentos nas áreas da infraestrutura, energia e construção civil. Nenhuma economia do mundo rivaliza com o leque de obras públicas em marcha no Brasil nesse momento, que
inclui a construção --simultânea-- de 3 hidrelétricas, 3 ferrovias e 5 refinarias, ademais de investimentos superiores a US$ 220 bilhões da Petrobrás na exploração do pré-sal, apenas no período 2011- 2015.
A expansão da capacidade produtiva, conforme mostrou o IBGE no 1º trimestre, cresce 50% acima da expansão do consumo. O horizonte econômico, portanto, esboça uma espiral virtuosa em que o fôlego da oferta corre à frente do ímpeto da demanda.
Esfarela-se a chantagem ortodoxa do descontrole inflacionário. O economista Amir Khair advertiu em recente artigo em Carta Maior que não se deve esperar da recuperação dos países ricos,sobretudo da economia norte-americana que patina em desordem financeira, dívidas insolúveis e retração do consumo, qualquer incentivo ao nosso desenvolvimento. O mercado interno, sinaliza Khair,deve ser o grande fiador da travessia brasileira nessa longa convalescência da crise mundial. Sufocá-lo com novas altas dos juros é transpor para a lógica economica a sangria imobilizante que se decidiu evitar na esfera política, com a mudança na Casa Civil.
Carta Maior; 4º feira, 08/06/ 2011.
Enviado por Patrícia Aguiar.
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