O ministro Franklin Martins participa do Seminário Cultura de Liberdade de Imprensa, que acontece no prédio da TV Cultura, em São Paulo. O evento discute temas relacionados ao controle da mídia no Brasil
Foto: / Michel Filho
Em seminário promovido pela TV Cultura, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, afirmou que os debates sobre a regulação da imprensa - com destaque à desconcentração econômica do setor, obrigações mínimas de conteúdo e normas para o direito de resposta - irão ocorrer com ou sem a participação dos principais veículos de comunicação do país.
Segundo ele, o governo não tem a intenção de controlar ou limitar a liberdade de imprensa, mas lembrou que essa discussão interessa aos empresários da radiodifusão porque um novo marco regulatório pode salvar esse segmento da iminente ameaça das gigantes de telecomunicações.
- Em vez de ter o olhar receoso e travadão de que liberdade está ameaçada, vamos olhar para frente e ver que podemos ter mais liberdade, mais informações, mais produtos culturais. O governo tenta chamar todos os atores. Não estamos na época do ACM (Antonio Carlos Magalhães), que dizia: "almoço do PFL que eu não fui não existe". Não depende de uma pessoa ir ou ficar fora. O tempo do ACM passou - disse Franklin.
Ele negou que o governo pretenda fazer imposições e aproveitou para ler um trecho de um discurso que fez no início do mês em um seminário internacional de convergência de mídia, para desfazer mal-entendidos:
"Vamos nos desarmar. Nenhum setor tem o poder de interditar a discussão. Está na agenda. Será feita, ou num clima de entendimento ou de enfrentamento. Ela vai acontecer de qualquer jeito".
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