4 de nov. de 2010

41 anos do assassinato de Carlos Marighella pela ditadura militar

Eri Santos Castro
Há 41 anos, Marighella tombou na Al. Foi assassinado pela Casa Branca, pelo delegado Fleury e pela ditadura militar. Nossa memória está viva.
 

Elege-se deputado federal constituinte pelo PCB baiano em 1946, mas perde o mandato em 1948, em virtude da nova proscrição do partido. Volta para a clandestinidade e ocupa diversos cargos na direção partidária. Convidado pelo Comitê Central, passou os anos de 1953 e 1954 na China, a fim de conhecer de perto a recente revolução chinesa. Em maio de 1964, após o golpe militar, é baleado e preso por agentes do Dops dentro de um cinema, no Rio. Libertado em 1965 por decisão judicial, no ano seguinte opta pela luta armada contra a ditadura, escrevendo A crise brasileira. Em dezembro de 1966, renuncia à Comissão Executiva Nacional do PCB. Em agosto de 1967, participa da I Conferência da OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, realizada em Havana, Cuba, a despeito da orientação contrária do PCB. Aproveitando a estada em Havana, redige Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil, dedicado à memória do Comandante Che Guevara e tornado público pelo Jornal do Brasil em 05 de setembro de 1968. É expulso do partido em 1967 e em fevereiro de 1968 funda o grupo armado Ação Libertadora Nacional. Em setembro de 1969, a ALN participa do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).[2]

Com o recrudescimento do regime militar, os órgãos de repressão concentram esforços em sua captura. Na noite de 4 de novembro de 1969 Marighella foi surpreendido por uma emboscada na capital paulista. Ele foi morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.
Dezoito de seus militantes foram mortos e cinco foram considerados desaparecidos. O último líder da ALN foi Carlos Eugenio Sarmento da Paz, sobreviveu auto-exilando-se na França, e voltando ao Brasil após a anistia.
Em 1996, o Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte de Marighella; em 7 de março de 2008 foi decidido que sua companheira Clara Charf deveria receber pensão vitalícia do governo brasileiro.

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Enviado por Eri Santos Castro.
 

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