Enquanto uns resistiam à Ditadura Militar, como Dilma, Lula, Genuino, Zé Dirceu...outros eram seus aliados de primeira hora, como o senador e presidente do PDS-Partido da Ditadura José Sarney. Isso não é uma enorme diferença.
Aliado de Marighella ganha reparação pública da Comissão de Anistia
Joaquim Ferreira, o comandante Toledo, foi morto em 1970.
Família de ex-preso político não pediu reparação financeira.
A cerimônia da comissão de Anistia ocorreu no Memorial da Resistência, em São Paulo. O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, participou do evento. O relatório da comissão foi elaborado pela conselheira Rita Sipahi. Ao final da cerimônia, todos os presentes se levantaram para, em pé, ouvir o pedido de perdão feito pelo governo brasileiro à família do jornalista. Neste sábado, a Caravana da Anistia completou sua 46ª edição. Ao todo, 18 estados já receberam o grupo, que tem o objetivo de analisar de forma ampla e democrática os processos de anistiados políticos que foram perseguidos durante a Ditadura Militar.
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“Eu, que passei pela tortura, fiquei pensando, que sim, eu estou viva para ver tudo isso. Fique muito emocionada. Levamos 40 anos para reconhecer a importância que o Joaquim tinha para a história brasileira. O pedido de perdão era uma obrigação”, disse a jornalista Rose Nogueira, diretora do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, uma das entidades responsáveis pelo trabalho desenvolvido pela caravana.Tido como braço principal aliado de Marighella nas ações da Aliança Libertadora Nacional, Joaquim Ferreira foi quem comandou o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em 1969. O embaixador foi trocado por 15 prisioneiros políticos. Preso em 23 de outubro de 1970 pelo delegado Sérgio Fleury, Ferreira morreu em decorrência dos ferimentos causados pelas torturas a que foi submetido. Recentemente, a Câmara de Vereadores de São Paulo concedeu a ele o título de cidadão paulistano “in memoriam”.
A caravana da Anistia é uma parceria do Ministério da Justiça com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), com o Memorial da Resistência de São Paulo, Grupo Tortura Nunca Mais/SP, Fórum dos Ex-presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, Núcleo de Preservação da Memória Política, entre outros.
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