Os jornais de hoje Folha, Estadão, O Globo, JB e Correio trazem matéria de capa sobre a crise moral do Senado. Alguns ( JB e Correio) falam em renúncia de presidente José Sarney, que já o levou a uma reação esdrúxula: 'Não renuncio nem pro açúcar'. Resolvir postar esta matéria do Estadão, veja:
Ato secreto deu cargo no Senado a sobrinha de Sarney que mora em MS
Apesar dos 1.079 quilômetros que separam sua casa de Brasília, ela foi contratada para vaga de confiança
Os boletins secretos que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma desconhecer foram utilizados em maio de 2003 para nomear sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges para um cargo na Casa. Apesar de morar em Campo Grande (MS), a 1.079 quilômetros de Brasília, ela foi contratada para exercer o cargo de confiança de assistente parlamentar, com salário de R$ 4,6 mil, originalmente na presidência do Senado. Sarney exercia, na ocasião, seu segundo mandato como presidente da Casa. Vera está na folha de pagamento do Senado até hoje.Assinada pelo então diretor-geral Agaciel Maia, a primeira nomeação de Vera foi publicada, às claras, no dia 24 de março de 2003, mas ela não tomou posse. Um mês e meio depois, porém, Agaciel assinou duas outras medidas, mas com caráter de sigilo. Uma delas, só agora divulgada, tratava da nomeação da sobrinha do presidente do Senado.
Procurada ontem, a assessoria de Sarney confirmou o parentesco, a nomeação e informou que, na verdade, Vera dá expediente no escritório político do senador Delcídio Amaral (PT-MS), em Campo Grande. No gabinete do senador em Brasília, que faz contato diariamente com o escritório de Delcídio na capital sul-mato-grossense, Vera também é uma desconhecida, de acordo com outros assessores consultados pela reportagem.
O senador Delcídio Amaral (PT-Mato Grosso) disse que foi Sarney quem lhe pediu que acolhesse Vera em seu escritório. "Ele me solicitou, porque ela estava aqui, em Campo Grande, e eu atendi", disse. Vera é filha de José Carlos de Pádua Macieira, irmão de Marly Sarney, mulher do presidente do Senado. A súmula do STF proíbe "a nomeação de parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, da autoridade nomeante investido em cargo de direção". A assessoria de Sarney atribuiu a "um erro técnico" o fato de a nomeação ter sido publicada reservadamente. Na quarta-feira, o Estado revelou que o Senado contratara João Fernando Sarney, de 22 anos, por um salário de R$ 7,6 mil. Ele é neto do presidente do Senado, que também tem outra sobrinha na Casa. É Maria do Carmo de Castro Macieira, filha de outro irmão de Marly, nomeada em ato público para o gabinete da ex-senadora Roseana Sarney - hoje governadora do Maranhão. Maria do Carmo mora e trabalha em São Luís, no escritório político de Roseana. Seu salário é de R$ 2,7 mil. Por determinação de Sarney, os atos secretos - hoje publicados em meio aos demais, na data em que passaram a fazer efeito - serão divulgados separadamente.
Ontem, o procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, entrou com pedido de abertura de investigação dos atos secretos.
Apesar dos 1.079 quilômetros que separam sua casa de Brasília, ela foi contratada para vaga de confiança
Os boletins secretos que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma desconhecer foram utilizados em maio de 2003 para nomear sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges para um cargo na Casa. Apesar de morar em Campo Grande (MS), a 1.079 quilômetros de Brasília, ela foi contratada para exercer o cargo de confiança de assistente parlamentar, com salário de R$ 4,6 mil, originalmente na presidência do Senado. Sarney exercia, na ocasião, seu segundo mandato como presidente da Casa. Vera está na folha de pagamento do Senado até hoje.Assinada pelo então diretor-geral Agaciel Maia, a primeira nomeação de Vera foi publicada, às claras, no dia 24 de março de 2003, mas ela não tomou posse. Um mês e meio depois, porém, Agaciel assinou duas outras medidas, mas com caráter de sigilo. Uma delas, só agora divulgada, tratava da nomeação da sobrinha do presidente do Senado.
Procurada ontem, a assessoria de Sarney confirmou o parentesco, a nomeação e informou que, na verdade, Vera dá expediente no escritório político do senador Delcídio Amaral (PT-MS), em Campo Grande. No gabinete do senador em Brasília, que faz contato diariamente com o escritório de Delcídio na capital sul-mato-grossense, Vera também é uma desconhecida, de acordo com outros assessores consultados pela reportagem.
O senador Delcídio Amaral (PT-Mato Grosso) disse que foi Sarney quem lhe pediu que acolhesse Vera em seu escritório. "Ele me solicitou, porque ela estava aqui, em Campo Grande, e eu atendi", disse. Vera é filha de José Carlos de Pádua Macieira, irmão de Marly Sarney, mulher do presidente do Senado. A súmula do STF proíbe "a nomeação de parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, da autoridade nomeante investido em cargo de direção". A assessoria de Sarney atribuiu a "um erro técnico" o fato de a nomeação ter sido publicada reservadamente. Na quarta-feira, o Estado revelou que o Senado contratara João Fernando Sarney, de 22 anos, por um salário de R$ 7,6 mil. Ele é neto do presidente do Senado, que também tem outra sobrinha na Casa. É Maria do Carmo de Castro Macieira, filha de outro irmão de Marly, nomeada em ato público para o gabinete da ex-senadora Roseana Sarney - hoje governadora do Maranhão. Maria do Carmo mora e trabalha em São Luís, no escritório político de Roseana. Seu salário é de R$ 2,7 mil. Por determinação de Sarney, os atos secretos - hoje publicados em meio aos demais, na data em que passaram a fazer efeito - serão divulgados separadamente.
Ontem, o procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, entrou com pedido de abertura de investigação dos atos secretos.
Postado por Eri Santos Castro.
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