18 de nov. de 2007

Despedaçando os silêncios cúmplices dos magnatas

Basta de edifícios de linguagem que já de nada nos servem para manifestar coisa alguma, que já nada abarcam, que já nada explicam, palavras vazias, de conferências e simpósios.Precisamos de falas que explodem ex abrupto, que interrompem e despedaçam os silêncios cúmplices dos ricos, que manifestem os olhos rebentados de fome, de infinitas dores, os gemidos. Que interrompam e despedacem a impostura e os escombros da linguagem velha. Queremos a linguagem nova. A beleza dos restos, a poesia dos escombros.À fogueira as falas velhas, o fedor de armadilha, de burla, de trampa, a falta de vergonha, o discurso da corrupção por todos os lados -- do Jabor, dos DES-jornalões, da DES-universidade. Precisamos da linguagem das patas do homens e mulheres do 17 de outubro. Dos índios de Morales que tanto escandalizam os brancos bolivianos. Construamos uma linguagem cheia de gritos, ex abrupto. Chávez é obsceno. Potência de novas palavras que detonam a linguagem que nada diz, de retórica bizarra e velha, que envelhece, avilta e dá vergonha em quem a ouça.Uma nova linguagem alegre potente, para um novo homem. Precisamos de muitas falas ex abrupto, para que nenhuma vida seja desperdiçada, para que não haja vidas subhumanas em nosso continente. Alarido. Barulhão. Agito. Confusão. Pauleira. O pau quebrando. Para isto precisamos muito de ti, querido Hugo Chávez, peleando sempre com a força da tua fala. Puro ex abrupto sempre. Que os burgueses e os terratenientes se escandalizem. Tu nos fazes sentir-nos invencíveis por um momento. As revoluções sociais sempre foram grandes repentes, grandes exabruptos. Escandalosas. A fala do escândalo, da impostura desmascarada.

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