No próximo dia 30 de outubro, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) deverá votar novo informe do governo cubano pede o fim do bloqueio econômico ao país, imposto pelo governo dos EUA há mais de 40 anos.
Diz o informe que mais de 10 administrações dos Estados Unidos têm mantido o bloqueio, mas a aplicação feroz da guerra econômica contra Cuba alcançou níveis sem precedentes sob o atual governo do presidente George W. Bush. Seu objetivo fundamental e declarado é a destruição da Revolução, privando o povo cubano de sua soberania e do exercício de seu direito à livre determinação. Sete de cada dez cubanos têm nascido e vivido sob o bloqueio unilateral e ilegal dos EUA.
O bloqueio impacta negativamente a alimentação, a saúde, a educação, o transporte, a vivenda e outros setores sensíveis para o desenvolvimento do país e o bem-estar da população cubana. Afeta diretamente a população de forma sistemática e acumulativa, sem distinção de idade, sexo, raça, credo religioso ou posição social. Atenta em particular contra as crianças, os idosos e os setores mais vulneráveis da sociedade cubana, chegando inclusive a negar remédios vitais à população e no momento necessário.
Os danos econômicos diretos causados pela aplicação do bloqueio superam 89 milhões de dólares. No período compreendido entre maio de 2006 e maio de 2007, pelo menos 30 países sofreram os efeitos da extraterrritorialidade da política de bloqueio, entre eles Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Reino Unido, Países Baixos, Suécia, Espanha, Finlândia, Japão, México, Noruega e Suíça.
Como resultado, Cuba não pode exportar nenhum produto para os EUA; não pode receber turismo norte-americano; não pode usar o dólar em suas transações com o exterior; não pode realizar operações nem receber créditos de instituições financeiras multilaterais, regionais nem norte-americanas; não pode importar de subsidiárias norte-americanas; não pode enviar seus barcos nem aeronaves ao território norte-americano; não pode importar produtos que contenham mais de 10% de componentes norte-americanos; nenhuma empresa de um terceiro país pode exportar nenhum produto aos EUA que contenha componente ou matéria-prima cubana; a administração Bush criou a Força Tarefa Interagência de Níquel Cubano para impedir as vendas de níquel cubano no mundo; os EUA permitem o roubo de marcas cubanas em seu território; e Cuba não pode ter acesso à tecnologia dos Estados Unidos.
A administração Bush estabeleceu medidas que atentam contra as relações familiares, ao impor restrições às viagens e ao envio de remessas e pacotes dos cubano-americanos e seus familiares em Cuba.
O informe sugere ainda o desenvolvimento de ações de denúncias contra o terrorismo de estado mantido de forma sistemática e inumana por parte do governo dos EUA contra a população cubana, como parte de uma política de hostilidade, bloquqio e agressão que já custou ao povo cubano mais de 3 mil vidas.
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