30 de out. de 2009

O vampiro de Düsseldorf não se considerava vampiro

Sarney não se considera Sarney
Nelson Rodrigues ensinou: A grande pose do ser humano não é para a esposa, a amante,
“...O homem põe o seu melhor terno, a sua melhor gravata e as suas melhores virtudes para o seu próprio julgamento...”

“...O vampiro de Düsseldorf, por exemplo, não se considera o vampiro de Düsseldorf, mas um reles bebedor de groselha”.

Coisa parecida sucede com José Sarney. Não se considera co-responsável pelas mazelas do Senado, mas um reles herdeiro da encrenca.

No vácuo das penúltimas críticas, Sarney veio aos holofotes para dizer que a reforma administrativa do Senado, já em sua terceira versão, está de pé.

Prometeu-a para novembro. Mas, nos gabinetes dos senadores, a redução de despesas de pessoal só chega em 2011. E, na direção-geral (112 funcionários), a reforma não mexe.
Do Blogue do Josias.
Enviado por Eri Santos Castro.



O texto é da Fundação Getúlio Vargas. Foi repassado aos 81 senadores, para que o leiam e, se desejarem, ofereçam sugestões. A peça pode ser lida aqui.



Ao avaliar o desempenho da própria presidência, Sarney declarou que a “moralização” prossegue. Tossiu. Engasgou. Serviu-se de água (assista no vídeo lá do alto).



Afirmou que a população percebe o “esforço” e manifesta “apoio ao Senado”. Como assim!?!?



Citou “recente pesquisa”: 52% dos brasileiros defendem “a existência do Senado na estrutura dos poderes da República”.



Sim, pode ser. Deseja-se o Senado. Mas um Senado que se dê ao respeito. E que respeite quem lhe paga as contas.



Torça-se para que ninguém pergunte, em nova sondagem, o que pensam os brasileiros do Senado sob Sarney.

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