Uma pequena abordagem da política em Flávio Dino
(Deputado Federal do PCdoB-MA)
O alpinismo que o deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA) pratica o renderá ao encolhimento de sua credibilidade e dos seus votos, assim como foi o caso do petista Washington, que só colheu ônus no trato com a família Sarney ( só para lembrar: os votos de São Luís diminuiram de 22 mil para pouco mais de 2 mil, o PMDB de Sarney tomou a direção do Incra do seu grupo e tantas outras coisas que eu sei).
Nós não vemos um pronunciamento, um artigo ou uma entrevista do deputado Flávio Dino comentando sobre os recentes episódios do Senado, envolvendo o senador Sarney e sua família. Pelo contrário, o silêncio o colocará no banco dos cúmplices.
Foi assim também quando da cassação de Jackson Lago. Ele pode muito bem falar:- Mas o governador Jackson não me apoiou para prefeito. E por acaso Jackson Lago tinha esse compromisso com Flávio? O certo que o seu silêncio quando da cassação do Jackson foi um erro e feio. Pois, o seu silêncio ajudou a consolidar o golpe da cassação ou será que não? Não foi péssimo para o Maranhão esse retrocesso? A opinião pública maranhense não fica confusa? Ou Flávio era a favor da cassação de Jackson? -Claro que não, mas o seu silêncio, nos momentos decisivos foi um erro.
O território da política não precisa ser um clube de amigos, bom que fosse. Temos de ter opiniões sobre quaisquer assuntos colocados em debate e até mesmo inverter a lógica das pautastradicionais. A 'neutralidade ' de Flávio Dino, a sua voz calada, nos momentos finais e decisivos da cassação do Jackson insisto que foi um erro.
Agora mais recentemente Flávio concorre a mais um equívoco, quando silencia sobre as várias denúncias contra o senador Sarney e sua família dentro e fora do Senado Federal. Que o presidente Lula o faça, ele tem gordura para queimar. O que não significa que ele não precisa ser orientado e questionado pela sua base. Tivemos avanços significativos na geração de emprego e renda, na política ambiental, no enfrentamento da crise mundial, no posicionamento do país no cenário internacional, nas políticas de inclusão social e das minorias... enfim o governo Lula teve inúmeros acertos, mas teve um erro grave, que foi a sua política de aliança.
O governo Lula com os índices de aprovação não precisaria desse pessoal fisiológico do Congresso Nacional. Não precisaria dar sustentação para Renan, Collor, Barbalho, Geddel... e Sarney. Isso, inclusive, terá repercussão negativas entre os eleitores de São Paulo, Minas , Rio e Sul do País. Já que no Norte e Nordeste esses fisiológicos precisam de Lula e de seus necessários programas sociais e não o contrário.
Não podemos deixar que o presidente Lula seja levado para essa posição em defenitivo. Uma forma é deputados como o Flávio não silenciar e ir para a ofensiva, junto com outros tantos companheiros de esquerda, como: os governadores do Pará Ana Júlia(PT) e da Bahia Jaques Wagner(PT), os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Tião Viana (PT-AC), Pedro Simon (PMDB-RS), Marina Silva (PT-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), os deputados federais Domingos Dutra (PT-MA), José Eduardo Cardoso (PT-SP), Emanuela D'ávila (PCdoB-RS), Paulo Teixeira (PT-SP), Janete Pietá (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS), Ministros Tarso Genro( Justiça), Fernando Hadad (Educação) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário)...só pra citar alguns.
Não concordo também com o jornalista Marco Dérça, O Flávio Dino não é um político qualquer. Ele tem por obrigação de ser maior do que toda essa barbárie da política maranhense e se não o fizer, diminuirá igual à feiticeira do leste, personagem do 'Mágico de Oz'.
Não concordo também com o jornalista Marco Dérça, O Flávio Dino não é um político qualquer. Ele tem por obrigação de ser maior do que toda essa barbárie da política maranhense e se não o fizer, diminuirá igual à feiticeira do leste, personagem do 'Mágico de Oz'.
Prefiro achar que diferente do senador Sarney que é errando que se erra cada vez mais, o deputado federal Flávio Dino fará dos seus erros alicerces para se consolidar numa forte alternativa popular de poder, revisando-os quando assim for necessário.
Afinal, de onde vêm as idéias justas? Senão da própria história singular de cada um.
Postado por Eri Santos Castro.
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