Em condições normais, a Justiça caminha a passos de tartaruga manca. Quando quer, porém, pode ser ligeira como a lebre.
Um dia depois de receber um mandado de segurança que pede a reabertura do caso Sarney, o STF negou aos autores uma liminar.
O autor do despacho é o ministro Eros Grau. Expediu-o no final da noite desta sexta (28). O conteúdo é, por ora, desconhecido.
A decisão é liminar (provisória). O mérito do recurso será agora analisado com mais vagar.
Porém, há na atmosfera de Brasília um forte cheiro de indeferimento.
Eros Grau não era o relator original. Por sorteio, o escolhido havia sido Celso de Mello.
Indicado para o STF quando Sarney era presidente da República, Celso de Mello declarou-se impedido de analisar o mandado.
Em novo sorteio, o recurso fora à mesa do ministro Joaquim Barbosa. Encontra-se de licença médica.
Licença de 20 dias, tirada em 10 de agosto. Já vencida, portanto. Deve retornar ao tribunal na próxima semana.
Um dia depois de receber um mandado de segurança que pede a reabertura do caso Sarney, o STF negou aos autores uma liminar.
O autor do despacho é o ministro Eros Grau. Expediu-o no final da noite desta sexta (28). O conteúdo é, por ora, desconhecido.
A decisão é liminar (provisória). O mérito do recurso será agora analisado com mais vagar.
Porém, há na atmosfera de Brasília um forte cheiro de indeferimento.
Eros Grau não era o relator original. Por sorteio, o escolhido havia sido Celso de Mello.
Indicado para o STF quando Sarney era presidente da República, Celso de Mello declarou-se impedido de analisar o mandado.
Em novo sorteio, o recurso fora à mesa do ministro Joaquim Barbosa. Encontra-se de licença médica.
Licença de 20 dias, tirada em 10 de agosto. Já vencida, portanto. Deve retornar ao tribunal na próxima semana.
A despeito disso, resolveu-se confiar a análise da petição a Eros Grau. Invocou-se o regimento interno do STF.
Prevê, em seu artigo 38, que o relator será substituído quando, ausente o titular, a questão a ser deliberada for “urgente”.
Ora, é evidente que os autores do mandado de segurança tinham pressa. Do contrário não teriam solicitado a expedição de uma liminar.
Nada, porém, que não pudesse esperar até a semana que vem. O Congresso não funciona no final de semana. A rigor, só acende as caldeiras às terças-feiras.
São sete os senadores signatários do mandado de segurança anti-Sarney: José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)...
...Renato Casagrande (PSB-ES), Kátia Abreu (DEM-TO), Demóstenes Torres (DEM-GO), Pedro Simon (PMDB-RS), Jefferson Praia (PDT-AM).
Pedem ao Supremo que revogue uma decisão da segunda vice-presidente do Senado, a petista Serys Slhessarenko (MT).
Agindo por delegação da Mesa diretora do Senado, Serys mandou à gaveta recurso que pedia que o arquivamento das ações contra Sarney fosse submetida ao plenário.
Em casos do gênero, o STF costuma lavar as mãos. Prevalece a tese de que o tribunal não se mete em assuntos da economia doméstica do Parlamento.
De passagem por Curitiba, nesta sexta, Gilmar Mendes, presidente do Supremo, já insinuara, em entrevista, que seria esse o caminho.
Falando antes que a decisão de Eros Grau viesse à luz, Gilmar criticara o uso do STF para tentar desamarrar nós atados no Legislativo.
Referindo-se ao caso Sarney, ele disse: "Há um pouco também essa excessiva judicialização do temário político...”
“...Temos que separar as instâncias. E a instância política tem que resgatar a capacidade de resolver ela própria seus problemas".
Na mesma entrevista, Gilmar tentou explicar o que para muitos parece inexplicável: o engavetamento da denúncia contra Antonio Palocci no caso do caseiro.
Do blogue do Josias
Prevê, em seu artigo 38, que o relator será substituído quando, ausente o titular, a questão a ser deliberada for “urgente”.
Ora, é evidente que os autores do mandado de segurança tinham pressa. Do contrário não teriam solicitado a expedição de uma liminar.
Nada, porém, que não pudesse esperar até a semana que vem. O Congresso não funciona no final de semana. A rigor, só acende as caldeiras às terças-feiras.
São sete os senadores signatários do mandado de segurança anti-Sarney: José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)...
...Renato Casagrande (PSB-ES), Kátia Abreu (DEM-TO), Demóstenes Torres (DEM-GO), Pedro Simon (PMDB-RS), Jefferson Praia (PDT-AM).
Pedem ao Supremo que revogue uma decisão da segunda vice-presidente do Senado, a petista Serys Slhessarenko (MT).
Agindo por delegação da Mesa diretora do Senado, Serys mandou à gaveta recurso que pedia que o arquivamento das ações contra Sarney fosse submetida ao plenário.
Em casos do gênero, o STF costuma lavar as mãos. Prevalece a tese de que o tribunal não se mete em assuntos da economia doméstica do Parlamento.
De passagem por Curitiba, nesta sexta, Gilmar Mendes, presidente do Supremo, já insinuara, em entrevista, que seria esse o caminho.
Falando antes que a decisão de Eros Grau viesse à luz, Gilmar criticara o uso do STF para tentar desamarrar nós atados no Legislativo.
Referindo-se ao caso Sarney, ele disse: "Há um pouco também essa excessiva judicialização do temário político...”
“...Temos que separar as instâncias. E a instância política tem que resgatar a capacidade de resolver ela própria seus problemas".
Na mesma entrevista, Gilmar tentou explicar o que para muitos parece inexplicável: o engavetamento da denúncia contra Antonio Palocci no caso do caseiro.
Do blogue do Josias
Enviado por Eri Santos Castro.
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