6 de nov. de 2011

Qual a intervenção petista no governo Roseana?



 A principal missão do PT: Construir uma nova hegemonia política no Maranhão.


Tem gestores petistas que simplesmente aderiram ao neoliberalismo local. Eles não despacham com o partido. Despacham, em Brasília, com o próprio senador Sarney. Eles não têm projetos, somente pedidos e pedidos. E o pior, caso não haja uma contra-ofensiva no PT a esse movimento perigoso, eles podem se transformar em maioria com a colaboração do silêncio dos 'indignados internos'. Na Espanha, a volta da direita deve-se aos erros do PSOE de Zapatero e à provável abstenção de quase 30% da população, que é composta de uma imensa maioria de pessoas do movimento dos 'Indignados'.


Por outro lado, a liderança do vice-governador Washington Luiz  faz um enorme esforço de viabilizar uma agenda de governo que beneficie os movimentos sociais, costurando um projeto de desenvolvimento local sustentado sob a égide das urgências da imensa maioria dos despossuídos maranhenses. Esse movimento do vice-governador poderá  funcionar como um imã, conquistando e aglutinando forças de dentro e fora do PT. Nenhum governo é um bloco histórico monolítico. Não há personificação histórica sem ideias que hegemonizem processos.

  
A própria governadora Roseana não gostaria de ser influenciada pelo modo petista de governar? Claro que sim. Mas, o que tem ocorrido com alguns gestores petistas é o contrário. O PT por ser uma estrela de grandeza nacional tem por obrigação oferecer ideias e proposições para hegemonizar este momento, do contrário não estaremos construindo uma nova hegemonia no Maranhão, que tenho certeza ser desejo da própria governadora Roseana. Estamos apenas, como alguns gestores petistas já o fazem, colaborando com a afirmação de uma hegemonia que nem os seus atores históricos a querem mais. Esses petistas adesistas não percebem, tal é o grau acentuado de submissão, que isso não interessa nem à própria governadora Roseana. 


Para se hegemonizar um processo histórico necessariamente não se precisa ter maioria numérica. Os conceitos, noções e valores petistas hegemonizam a política nacional e nós dirigimos pouco mais de 14% das prefeituras no Brasil. Por outro lado, isso não quer dizer que no Maranhão temos que ficar nanicos, influenciando menos de 5% dos eleitores, muito abaixo da média nacional.


Portanto, com esse entendimento influenciei na decisão de várias lideranças idôneas de participar do PT, contribuído com o movimento ‘Quanto Mais Somos, Melhores Seremos’, corroborando com uma máxima do pensamento dialético, que obteremos a gualidade a partir da quantidade. 

Portanto, enfretamos um movimento silencioso de ampla maioria  no partido ‘Quanto menos somos, melhor passamos’. Assim sendo, erramos com o impedimento de nomes como Josemar (Paço do Lumiar) e Belezinha (Chapadinha) . Um partido vocacionado para governar o Maranhão não pode deixar de eleger pelo menos algumas dezenas de prefeitos, vice-prefeitos e centenas de vereadores no Maranhão. 

Do pouco que temos, haveremos de elaborar uma tática para manter territórios e ampliá-los. Darei minha contribuição sobre tática e campanha eleitoral do PT, o qual submetirei aos nossos candidatos,  ao vice-governador e a direção do partido.



O que é o 'Novo PT' e o 'PT Cristão'
Ainda internamente ao partido tomei a iniciativa com vários(as) companheiro(as) de construir o  coletivo ‘Novo PT’, por entender que precisamos destravar dicotomias de vários anos entre o que é revolucionário e contra-revolucionário. A dialética é construída das afirmações de teses e antíteses, sugindo sínteses processuais do bloco histórico. Fui idealizador e dos protagonistas do movimento PT Cristão, constituído de evangélicos e católicos, com o objetivo do partido disputar valores, noções e conceitos nestes setores notadamente conservadores, salvo algumas experiências na Igreja Católica, uma vez que quase 40% da população declara-se evangélicos e 50% de católicos.


Substanciado por um pensamento dialogal e não submisso, construo algumas pequenas proposições que sempre são objetos de diálogos com o vice-governador Washington Luiz, Zé Inácio, Berenice, Jowberth, Dimas, César Carneiro, Monteiro, Armstrog, Fauzi, César Bombeiro, Moacir, ProfºAbisai, Eduardo, Profº Joan, Raimundão, Luis Comerciário, Nivaldo, Mariano, Ivo Fonseca, Francisca Primo, todos os demais companheiros(as) do coletivo ‘Novo PT’, demais companheiros (as) da CNB ( Virna, Mundico Teixeira, Fernando Silva, Cecília, Drª Helena, Joab, Edmilson, Evandro, Heluy, Romão, Ney Jefferson...) o pessoal do PT de Pinheiro (Filipe, Lauber, Júlio...), o pessoal do ‘Sempre PT’ (Robert, Chocolate e César) e demais companheiros(as) do PT (Bira, Francisco Gonçalves, Osmundo, Paulinho, Bembém, Márcio, Genilson. Lobato, Almir Bruno, Henrique, Dutra de Caxias, Tom, Dalva...). Isso tudo num movimento de compreenção de que nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.


Uma proposição: O Projeto Cidade Criativa
O projeto Cidade Criativa é um exemplo dessas  proposição da nossa parte. Para fazer crescer o PT, necessariamente não precisamos estar em governos, embora poder significa governar destinos. O presidente do PT e o vice-governador são testenunhas de que nunca reivindiquei um só cargo federal e muito menos estadual para mim ou para qualquer membro da minha família. Pelo contrário, sugerir sempre ideias e propostas como forma de participação política. Eis a difereça do pedinte paa o propositivo. Conheça o Cidade Criativa em: www.cidadecriativama.com.br. Um excelente propósito para influenciar gestores maranhenses com práticas exitosas na construção de uma nova hegemonia no Maranhão.


Por último, acabo de ler um artigo oportuno de Emir Sader sobre o papel dos partidos políticos de esquerda na construção de uma nova hegemonia. Sugiro essa leitura aos meus e minhas caras (os) amigas (os) petistas.

"Gramsci nos advertia que a história dos partidos não é sua história interna, mas a da sua inserção no universo político em que atuam. Temos que avaliar nossos partidos pelo papel que têm desempenhado ou que devem desempenhar na construção de hegemonias alternativas ao neoliberalismo – o objetivo político maior do nosso tempo"
Leia o artigo aqui.
Enviado por Eri Santos Castro.
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