Recentemente li um post no Momentum Saga intitulado “Astronautas do Passado” e retomei algumas antigas lembranças dos meus saborosos devaneios ufológicos juvenis ao ler, pela primeira vez, “Eram os Deuses Astronautas?” de Erik von Daniken. E digo “saborosos devaneios ufológicos juvenis” por ainda não ter estabelecido uma noção maior de criticidade e mesmo de base científica para analisar todas aquelas informações históricas enviesadas pela Ufologia de von Daniken. Mas ainda que esse senso maior de criticidade e criação de base científica tenha se formado, toda a ideia em torno do contato entre terrestres e alienígenas ainda é muito estimulante para se pensar a (s) realidade (s). Sim, contando com o plural pra definir a realidade porque, afinal de contas, não há uma única cultura, não há uma única forma de se experenciar a história (o tempo), então porque apenas a ideia de uma “realidade”?
Acho que uma
boa parte da questão sobre os antigos astronautas se resume à História.
E no caso, a História nos chega em pedaços para que aqueles e aquelas
que se dedicam ao estudo da História possam nos dizer, de certa forma,
como foi o passado (não resgatar, porque quem resgata é bombeiro). E
parte dessa história que chega aos pedaços me faz ficar muito alerta
quanto a forma como as elites pensantes conduziram a informação e a
distribuiram.
Veja-se o caso dos Manuscritos do Mar Morto ou de Nag Hammadi,
acho muito dificil que a Igreja Católica não soubessse e mesmo tivesse
em sua famosa biblioteca exemplares de textos apócrifos tidos como
“desaparecidos”. A informação existe, mas não era compartilhada. A
própria “segurança científica” só começou a imperar há pouco tempo. E a
ciência nasceu do questionamento e não do dogma. Dogma é religião.
Ciência é ceticismo, mas não ceticismo que impede a pessoa de avaliar
possibilidades que se transformam em hipóteses, até mesmo porque se o
cientista se pautar em limitar sua imaginação não fará boa ciência.
E ciência é
desafiar os limites daquilo que é visível. Dai chego a questao dos
antigos astronautas. Negar sem provar é o mesmo que afirmar sem provar. A
diferença é a capacidade de analisar e falsear suas hipóteses. Relatos
de antigas civilizações anteriores a atual humanidade pipocam
(Mahabaratta, Epopeia de Gilgamesh, etc) e o “contato” com os deuses era
comum e por eles não terem nossa ciência significa que o que afirmam é
inteiramente fantasioso? como provar isso? serve o “argumento pela
ignorancia” neste caso? Boa parte desse conhecimento técnico antigo se
perdeu (veja-se o relato sobre os carros voadores no Mahabaratta), assim
como os relatos de como eram as civilizações pré-última Era Glacial ou,
no caso do Oriente Médio e Proximo, pré-Dilúvio. Tenho a forte
desconfiança de que os mitos nascem de verdades, descobrir a gênese de
tudo isso é que se constitui o maior desafio.
Por exemplo,
as pirâmides do Egito, foram construídas pelos alienígenas? Eu duvido
muito, concordo com a Sybilla do Momentum Saga que seria limitar de
verdade as capacidades humanas. E seriam os humanos “fantoches” dos
alienígenas, em algum momento? É uma visao, que pode estar errada (e
acredito nisto), mas não inviabiliza a possibilidade de que possam ter
existido contatos entre especies de mundos diversos. Não precisam ser
humanoides e nem mesmo reptlianos. Mas podemos pensar em possibilidades.
Como chegaram até a Terra? A possibilidade de contato com alienígenas é
viável, mas tem de ser debatida de forma razoável e racional e não com
paus e pedras de lado a lado.
Por Ben Hazrael.
Editado por Eri Santos Castro.
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