"Por que
as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas
no modo capitalista? Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por
isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não
praticante. É possível... pular de uma para outra, como um consumidor
diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja
pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”,
ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a
uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias
ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas –
e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos
produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou
em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as
desvantagens que isso implica."
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