Com o tempo encurtado pelos afazeres do dia-a-dia, ao assistir o show midiático sobre a violência no Rio me veio à lembrança um homem público que governou aquele estado
por duas vêzes. Em seus dois mandatos, investiu em educação pública integral chegando a construir quase 500 escolas com capacidade para 1.000 alunos cada. Os locais dessas construções eram a periferia da capital e o interior fluminense. Infelizmente, o seu projeto foi abandonado pelos que o sucederam até o presente. Poderia ter sido continuado, desenvolvido e aprimorado.
Mas, não foi o que aconteceu. Simplesmente o deixaram no esquecimento. Muitos até falaram e falam em educação, mas, no fundo, o que resta de concreto é o conhecido blá-blá-blá. Sucederam-no governadores do PMDB, PSDB, PDT e PT.
Na época, esse governador dizia que, por mais que investisse em segurança pública(e investiu muito!), o problema da violência no Rio não seria resolvido sem o controle de nossas fronteiras
para evitar e combater o tráfico de armas e drogas.
O governo federal deveria fazer a sua parte. Hoje, é mais que sabido, especialistas sobre o tema debruçam-se e cobram essa tarefa não realizada ou mal realizada até hoje.
Quando vejo as imagens globais e das outras emissoras sobre as favelas em conflito, fico imaginando se esse povo não estaria numa situação diferente da que se encontra hoje, se os CIEPS não tivessem sido abandonados. Esse povo ficou à mercê da miséria, do tráfico e da violência.
Lembro-me do quanto os CIEPS foram combatidos pela tela global, pelas elites cariocas e por gente da própria esquerda(que esquerda!).
Vale lembrar: Educação Pública Integral não foi uma idéia desse governador nem de seu então secretário de educação!
É idéia de Nação desenvolvida ou de Nação que procura se desenvolver.
Disso temos tantos exemplos: Lembremos a Coréia do Sul que investiu em educação pública integral e transformou-se em 40 anos. Hoje, aquele país é exemplo para o seu vizinho do norte e para todos nós que compramos seus televisores, carros,computadores,celulares,etc.
Chamava-se Leonel de Moura Brizola.
Por Igor Lago, médico cardiologista e filho do governador deposto Jackson Lago.
Enviado por Eri Santo Castro.
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