19 de nov. de 2009

PF prende prefeito de Buriticupu


Primo e Francisca: desacato

O prefeito de Buriticupu, Antonio Marcos de Oliveira, o Primo (PDT), foi preso hoje à tarde por desacatar um delegado da Polícia Federal que participava da “Operação Arco de Fogo” realizada em conjunto com o Ibama, Funai e Força Nacional. Primo foi levado a uma delegacia de Santa Inês onde assinou um termo de compromisso sendo liberado.

O prefeito é acusado de comandar os madeireiros que devastam a floresta na região Central do Maranhão. No caso da prisão, ele está sendo acusado de grilar uma área de terra e expulsar trabalhadores rurais com ajuda de pistoleiros. A mulher do pedetista, Francisca Primo, se filiou ao PT e deve ser candidata a deputada estadual no próximo ano.

Os agentes foram em busca do prefeito em sua casa e o levaram à área em conflito. Lá ele se desentendeu com o delegado e o desacatou. Primo é useiro e vezeiro em descumprir ordens judiciais na cidade e de desrespeitar autoridades locais. O pedetista foi denunciado pela Cáritas Brasileira, braço da Igreja Católica, de ameaçar membros da instituição que denunciam crimes ambientais por extração ilegal de madeira na região de Buriticupu. A denúncia foi encaminhada à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e ao Gabinete do Ministro da Justiça (reveja).

Além dele, a Cáritas acusa seu sócio, o presidente da Câmara Municipal José Mansueto de Oliveira, pelas ameaças. Durante a passagem da “Operação Arco de Fogo” por Buriticupu há dois meses, eles desapareceram da cidade. Na ocasião, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) chegou a fazer o seguinte comentário, segundo a coluna de Jorge Bastos Moreno, em O Globo: “Poxa! Nesta cidade, se gritar ‘pega ladrão’, não fica um, meu irmão!”.

Do Blogue do Décio Sá-Imirante.
Enviado por Eri Santos Castro.

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