Não espere contar com as disputas partidárias para levar água ao moinho
de uma nova crise.
A atitude do Ministro Carlos Lupi diante das denúncias publicadas hoje, mesmo sendo partidas da Veja, foi correta e inteligente. Não
apenas afastou o assessor Anderson Santos, acusado pela revista, como
pediu um inquérito da Polícia Federal e anunciou o pedido ao Ministério
Público de uma investigação. Lupi tem razão em dizer que as denúncias não podem ficar no anonimato e deu uma informação muito relevante ao site do jornalista Sidney Rezende: o tal instituto Epa, citado pela Veja, nem mesmo teria recebido recursos do ministério. “Quando
questionado sobre o Instituto Êpa, com sede em Rio Grande do Norte,
Carlos Lupi afirmou que a instituição não recebeu nenhum recurso, mas
que mesmo com a denúncia anônima ele irá abrir um inquérito para apurar
os fatos. “Também
não é verdade, ela (Instituto Êpa) nem recebeu recurso. Eu não vejo
fundamento nenhum. Mas de qualquer maneira, mesmo não fazendo
pré-julgamento, acho que tem que fazer uma apuração. Já mandei abrir um
inquérito sobre esse fato, não acredito na veracidade dele”, completou o
ministro.
É bom que Lupi tenha tomado a ofensiva no caso. São
os acusadores que têm de provar o que dizem, quando apontam atos
desonestos. Se há irregularidades, quem participa delas que responda
pelo que faz. Agora, não dá para julgar acusações que, até agora, não
têm sequer autoria. Se é fato, que se apure e puna. Se é só mais uma “onda”, não vai ser no grito que a Veja, desta vez, vai levar. E
nem espere contar com as disputas partidárias para levar água ao moinho
de uma nova crise. Ainda há gente que não faz política atacando a honra
alheia. Se a Veja tem provas ou indícios além de declarações
anônimas, que os publique. Se não tem, que as investigações públicas
sirvam de base para responsabilizá-la judicialmente por isso.
Por Brizola Neto.
Enviado por Eri Santos Castro.
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