8 de jun. de 2010

Duas notas sobre a postagem: 'Apesar da falta de politização do movimento, ele vale por si mesmo'

 
 A mídia conservadora e a Parada Gay
Companheirada, eu tinha muito esse "preconceito" da parada gay, principalmente a de São Paulo, que visa muito o festivo e pouco o político.
 
Mas tive a oportunidade de participar neste ano da parada daqui de São Paulo e mudei muito esse meu conceito. Apesar das festas, do enorme brilho e exposição do corpo, a direçao da parada teve um cuidado muito grande de mostrar o lado político da parada, que neste ano foi a aprovação da lei contra a homofobia. E todas as falas das pessoas que tivemos a oportunidade de conversar, de jovens a pessoas idosas, tinha um tom muito politico da importância dessa lei. Mas também não digo que todo mundo estava com esse tom na parada, muita gente vai mesmo para se divertir.
 
A mídia sempre coloca esses eventos como algo festivo, tentando despolitizar o máximo possível, então não acho interessante cairmos na armadilha dessa mídia.
Por Thalita Martins

Homossexualidade e não mais, homossexualismo
 
Na atualidade, o movimento pela diversidade sexual tem adotado a terminologia homossexualidade e não mais, homossexualismo, haja vista o sufixo 'ismo', referir-se às doenças, segundo o catálogo internacional de doenças.
 
Hoje para a comunidade médica, a homossexualidade não tem sido encarada como mais uma doença, um psiquismo a ser curado, mas como o é de fato, uma manifestação da sexualidade humana.
 
No tocante à despolitização , observo que ela é maior nas manifestações do movimento, e não propriamente do movimento LGBT, que tem pauta definida,politizada contra a homofobia, a favor da livre orientação sexual de homens e mulheres . Diferentemente, na hora de botar o bloco na rua, as manifestações são mais festivas, carnavalescas em que o discurso politico parece parece se dissolver em meio às cores do espetáculo.
 
O modo com que as manifestações ganham eco é que desfaz a politização do movimento.Hoje, é facilmente confudido com palanques de direita. Aliás, neste aspecto, a academia poderia dar enormes contribuições à medida que investigue a relação entre o movimento LGBT e sua defesa libertária da sexualidade, própria da esquerda e a quem esta sendo beneficiado, eleito para os parlamentos estaduais e municipais, candidatos da direita e do centro.
 
Tome-se como exemplo o caso do vereador de São Luís Chico Carvalho, eleito maciçamente pelo movimento, sem ter identificação alguma com a causa, exceto o fato de ter comprado muitas lideranças do movimento.
Por Paulo Romão
 
Enviado por Eri Santos Castro.
 

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