14 de dez. de 2009

Movimento Sindical brasileiro e as mudanças climáticas

Atenção, formação e informação. Com essas palavras, a secretária de Meio Ambiente da CTB, Maria do Socorro Nascimento Barbosa, resume, de forma didática, um dos papéis que o movimento sindical deve exercer sobre a questão ambiental, principal tema do noticiário mundial desta semana, por conta da COP 15 – Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, evento organizado pela ONU, na cidade de Copenhague, na Dinamarca.

Socorro defende a busca por um tipo de desenvolvimento responsável, que não deixe de levar em conta a importância da preservação ambiental em todo o mundo. Aparentemente óbvia, tal política encontra resistências duras entre as nações mais ricas do planeta, fato mais uma vez mais observado durante as discussões da COP 15, cujo início se deu na última segunda-feira (7).

Até o dia 18, cada país participante da COP 15 deverá apresentar sua proposta para colaborar na resolução desse problema. O Brasil deve propor um compromisso voluntário de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020. A CTB está sendo representada em Copenhague pelo assessor de Política Agrícola da Fetag, o engenheiro ambiental Alexandre Scheifler, e pela secretária de defesa do Meio Ambiente da Central no Paraná, Laura de Jesus Moura e Costa.

No último dia 9 de novembro, a CTB e as outras centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CGTB) entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua proposta unificada sobre o tema, dividida basicamente em cinco pontos:

a) Adaptação de políticas públicas para as áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas, principalmente as áreas costeiras;

b) Redução das emissões gasosas, cujo compromisso maior deve ser assumido pelos países mais ricos, pois são os responsáveis pelos maiores percentuais emitidos há anos na atmosfera - redução de 45% até 2020;

c) Pagamento da dívida ecológica e dívida climática que os países ricos têm para com os países pobres, de forma que se garanta justiça global;

d) REDD - compromisso na redução de emissões e por desmatamento e degradação - financiamentos com base em critérios socioambientais - mecanismo compensatório de mercado;

e) Transferência de Tecnologia Limpas - compromisso que deve ser assumido pelos países ricos em relação aos países pobres, sem gerar dependência.

Sugestão de pauta de Paulo Washington.
Enviado por Eri Santos Castro.

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