A dura vida do PT do Maranhão: governabilidade interna e intervenção
As possíveis vitórias de Augusto Lobato e Chocolate para as presidências do PT de São Luís e do Maranhão têm as salvaguardas da democracia interna do partido e de lideranças nacionais como os deputados federais José Eduardo Cardoso (SP), Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS), Antônio Carlos Biscaia (RJ), Janete Pietá (SP) e Henrique Fortuna (SP) , dos senadores Marina Silva (AC), Tião Viana (AC), Eduardo Suplicy (SP) e Shereys Schakrenko (MGS), dos ministros Tarso Genro (Justiça), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Hadade (Educação), dos governadores Jaques Wagner (BA) e Ana Júlia (PA) e dos prefeitos João Cassel (Vitória), Eliziane Lins (Fortaleza) e João da Costa (Recife). Diferente do que pensa o deputado federal Domingos Dutra (MA) não há ambientação para intervenção no PT do Maranhão. Entretanto, Dutra está certo na medida em que é melhor pecar por excesso do que por contenção, quando o território são os cuidados com as surpresas na política.
Acredito também que os próximos dirigentes petistas no Maranhão têm que governar para todo o partido e não somente para os interesses dos seus grupos de origem. Eles poderão até defenderem os seus interesses, mas sempre obedecendo as as mediações, buscando quando não o consenso, maiorias que garantam a necessária governabilidade interna. Por isso que insisto no diálogo interno com todos os grupos. Não podemos abandonar esta máxima: 'nenhum de nós somos tão bons, quanto todos nós juntos'.
Se a próxima maioria não dialogar com a minoria não haverá governabilidade, seja ela quem for. Eu, o deputado José Eduardo Cardoso (SP), o prefeito de Altamira Arnaldo e o engenheiro Nell tivemos encontros juntos e separados com o deputado Washington ( do agrupamento CNB), Bira do Pindaré ( Força Socialista), Rodrigo Comerciário (CNB), Márcio Jardim (Movimento PT), Henrique (CNB), Inácio (CNB) e o próprio Dutra (Movimento PT) na última sexta (10) para estabelecermos diálogos tendo em vista o PED-Processo de Eleição Direta, que será realizado em novembro. Surgiu a ideia da assinatura, de todas as chapas que concorrerão ao PED, de um protocolo que garanta a proporcionalidade qualitativa, entre outros pontos.
Vamos ler parte da entrevista do deputado Domingos Dutra (PT-MA) a Evandro Éboli e Maria Lima, de O Globo:
As possíveis vitórias de Augusto Lobato e Chocolate para as presidências do PT de São Luís e do Maranhão têm as salvaguardas da democracia interna do partido e de lideranças nacionais como os deputados federais José Eduardo Cardoso (SP), Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS), Antônio Carlos Biscaia (RJ), Janete Pietá (SP) e Henrique Fortuna (SP) , dos senadores Marina Silva (AC), Tião Viana (AC), Eduardo Suplicy (SP) e Shereys Schakrenko (MGS), dos ministros Tarso Genro (Justiça), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Hadade (Educação), dos governadores Jaques Wagner (BA) e Ana Júlia (PA) e dos prefeitos João Cassel (Vitória), Eliziane Lins (Fortaleza) e João da Costa (Recife). Diferente do que pensa o deputado federal Domingos Dutra (MA) não há ambientação para intervenção no PT do Maranhão. Entretanto, Dutra está certo na medida em que é melhor pecar por excesso do que por contenção, quando o território são os cuidados com as surpresas na política.
Acredito também que os próximos dirigentes petistas no Maranhão têm que governar para todo o partido e não somente para os interesses dos seus grupos de origem. Eles poderão até defenderem os seus interesses, mas sempre obedecendo as as mediações, buscando quando não o consenso, maiorias que garantam a necessária governabilidade interna. Por isso que insisto no diálogo interno com todos os grupos. Não podemos abandonar esta máxima: 'nenhum de nós somos tão bons, quanto todos nós juntos'.
Se a próxima maioria não dialogar com a minoria não haverá governabilidade, seja ela quem for. Eu, o deputado José Eduardo Cardoso (SP), o prefeito de Altamira Arnaldo e o engenheiro Nell tivemos encontros juntos e separados com o deputado Washington ( do agrupamento CNB), Bira do Pindaré ( Força Socialista), Rodrigo Comerciário (CNB), Márcio Jardim (Movimento PT), Henrique (CNB), Inácio (CNB) e o próprio Dutra (Movimento PT) na última sexta (10) para estabelecermos diálogos tendo em vista o PED-Processo de Eleição Direta, que será realizado em novembro. Surgiu a ideia da assinatura, de todas as chapas que concorrerão ao PED, de um protocolo que garanta a proporcionalidade qualitativa, entre outros pontos.
Vamos ler parte da entrevista do deputado Domingos Dutra (PT-MA) a Evandro Éboli e Maria Lima, de O Globo:
Como o sr. avalia posição que ficou a bancada do PT no Senado?
Numa sinuca de bico. Os senadores do PT estão extremamente constrangidos. O Sarney enrolou o presidente Lula: primeiro, disse três vezes ao Lula que não ia disputar a presidência do Senado, mesmo número de vezes que Pedro negou a Cristo; depois, derrotou o Tião Viana e, não bastasse, apoiou Collor contra a Ideli Salvatti na disputa da Comissão de Infraestrutura.
Numa sinuca de bico. Os senadores do PT estão extremamente constrangidos. O Sarney enrolou o presidente Lula: primeiro, disse três vezes ao Lula que não ia disputar a presidência do Senado, mesmo número de vezes que Pedro negou a Cristo; depois, derrotou o Tião Viana e, não bastasse, apoiou Collor contra a Ideli Salvatti na disputa da Comissão de Infraestrutura.
Como fica a situação do PT no Maranhão com o apoio de Lula a Sarney?
Lá, estamos nos preparando para o pior. Primeiro, vão tentar comprar o diretório e os nossos nove prefeitos com cargos no governo de Roseana. Vão pegar os prefeitos pelo beiço que nem jumento ruim. Depois, se o diretório decidir algo que contrarie os Sarney, ele vai conseguir que o diretório nacional faça uma intervenção.
Lá, estamos nos preparando para o pior. Primeiro, vão tentar comprar o diretório e os nossos nove prefeitos com cargos no governo de Roseana. Vão pegar os prefeitos pelo beiço que nem jumento ruim. Depois, se o diretório decidir algo que contrarie os Sarney, ele vai conseguir que o diretório nacional faça uma intervenção.
O sr. tem dificuldades para se eleger deputado, com essa oposição que faz a Sarney no estado? Eu continuo me elegendo porque sou teimoso, e o Sarney não tem como me agarrar. Não tenho esquema com empresas ou prefeitos, só a militância pé no chão, com os humildes. O apoio de Dilma e Lula a Sarney não é ruim só para nós do Maranhão, não. O PT pode ter uma surpresa.
O sr. vincula o apoio de Lula a Sarney ao projeto Dilma 2010?
Sim, está evidente isso. Nós, de baixo, temos que tapar o nariz e aceitar tudo em nome do investimento de todas as fichas na candidatura da ministra Dilma. Já demos tudo para o PMDB. Até quando temos que continuar de joelhos? Fazer isso e achar que o povo não está vendo, é subestimar a sociedade, o povo, os movimentos sociais. É enterrar todo o capital que o partido construiu em 25 anos de luta.
Leia mais em Petista critica apoio de Lula a Sarney
Sim, está evidente isso. Nós, de baixo, temos que tapar o nariz e aceitar tudo em nome do investimento de todas as fichas na candidatura da ministra Dilma. Já demos tudo para o PMDB. Até quando temos que continuar de joelhos? Fazer isso e achar que o povo não está vendo, é subestimar a sociedade, o povo, os movimentos sociais. É enterrar todo o capital que o partido construiu em 25 anos de luta.
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Com blogue do Noblat
Postado por Eri Santos Castro.
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