Vejo
como importante articular uma grande frente popular com um projeto de governo
municipal humanizado para o aniversário de São Luís. Os 400 anos de São Luís são
um marco importante para fazer um debate concreto sobre as condições da educação, cultura e meio ambiente. Não
podemos deixar calar a nossa voz e nem a nossa esperança! O PT apresenta não
apenas um candidato para governar São Luís e sim deve potencializar um
movimento para exercício da cidadania, pois
a base petista sempre acreditou no orçamento participativo e nos conselhos
populares para apontar os caminhos.
Os gargalos de nossa cidade
são facilmente enumerados pelo povo: problemas como mobilidade urbana, falta de
infraestrutura e saneamento básico. A grande São Luís cresce sem nenhum projeto
efetivo de inclusão e cidadania. O setor educacional não possui concretamente um
projeto de valorização do professor, já os alunos deveriam estudar em escolas
de tempo integral com esportes, informatização e cidadania. Os problemas de
moradia são evidentes dando lugar a especulação imobiliária e o inchaço desordenado
sem planejamento estratégico da cidade.
Quanto ao viés da cultura,
vejamos que o povo trabalhador não consegue usufruir efetivamente dos bens
culturais de São Luís como museus, música, exposições, blocos tradicionais,
manifestações religiosas, patrimônio histórico, entre outros. A falta de
parceria do poder público e as dificuldades em termos de renda deixam parte de nosso
povo excluído da atividade cultural. Ou seja, dedicam-se maior parte do tempo a
busca pela sobrevivência nos “bolsões de
isolamento” ao redor da Ilha de São Luís. Eclode a violência, o tráfico de
drogas, a prostituição infantil, a falta de respeito com as mulheres e portadores
de deficiência, racismo, entre outras formas de “negação da cidadania”
As nossas praças, ruas e
avenidas já não são mais as mesmas, estão abandonas, não somente em termos de
infraestrutura, a falta sinalização e educação de trânsito, além de acidentes
diários e vidas perdidas, são o nosso cotidiano. Os nossos rios e manguezais
estão sendo destruídos pela falta de compromisso com os recursos naturais. As
nossas terras não estão servindo para abrigar a moradia de nosso povo!
Mesmo
que os programas sociais do governo federal amenizem a situação local, existe a
inércia do agente motriz do desenvolvimento local: o município, infelizmente vive-se
um “enclave” e os gestores municipais não conseguem canalizar os recursos
federais para beneficiar a população de forma contundente aliada aos projetos locais
para combater a concentração de renda e exercer a cidadania. O Ludovicense hoje
está sem o “direito de exercer sua
cidadania como Ludovicense”, não porque estes não lutam para ter uma cidade
limpa, segura e sustentável. Mas porque a “administração
municipal de enclave” não permite São Luís deslanchar como cidade turística,
desenvolvida e sustentável. Parece uma tautologia, mas a verdade é que o ciclo
de descompasso com a administração federal freia o desenvolvimento local. Os
fragmentos de políticas públicas ineficientes geram um todo desordenado. Um
exemplo, a falta de saneamento básico nos causa um grave problema de saúde
pública com inúmeros gastos desnecessários, ou mesmo, a falta de educação
ambiental e de trânsito nos remete a uma cidade poluída e caótica em seu
cotidiano.
A disputa eleitoral entre
Governo e Oposição (viés Sarney versus anti-sarney) a nível estadual é pautada
também a nível municipal. Pergunta-se: será que a população quer realmente
estar nesta disputa? Ou querem estar em outra guerra, ou seja, a “guerra” dos que agonizam com a falta de
inclusão social e desordem urbana e objetivam um lugar no mercado de trabalho e
como cidadãos. Disputa pertinente para a classe política, mas que “cega” no
imediatismo e a rapidez da vida urbana, assim, isto requer das nossas classes:
políticas e soluções inovadoras. Neste contexto, a prática da ética em nossas
ações é salutar.
Inúmeros
escândalos são divulgados todos os dias que deixam a população envergonhada até
mais que os causadores de tais aberrações. Nos 400 anos de São Luís não sabemos
em quem acreditar! Mas sabemos de nossos dilemas e de nossa vontade de
participar! A cidadania na construção de uma São Luís mais humanizada é força
motriz! O direito à cidade, ou seja, de usufruir de sua plenitude nos é negado
ou fragmentado! Vejamos se nesta eleição conseguiremos destravar o debate
político com sugestões e eficiência na práxis política, assim como propor
tecnicamente e executar o interesse público de modo eficaz.
Por Almir Bruno J. Tavares
Economista
Contabilista
Mestrando em
Desenvolvimento Sócioeconômico da UFMA
Conselheiro Efetivo
do CORECON-MA
Professor da UFMA
Economista da
Advocacia-Geral da União
Secretário de
Comunicação do PT de São Luís
Coordenador do
Coletivo Vanguarda
Militante do Setorial
de Meio Ambiente e Desenvolvimento- PT_MA
Enviado por Eri Santos Castro.
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Um comentário:
Salvador-BA com o PT é mesmo uma maravilha... tsc tsc tsc
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