A
Argentina decidiu renacionalizar as ações da YPF pertencentes à
espanhola Repsol, que detinha 57% da petroleira privatizada em 1993 no
processo de desmonte neoliberal promovido pelo governo Menen (veja o
caso da YPF em 'Memória de um Saque': http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=R0SHz8sRC3w ).
Nos
últimos três anos o governo Cristina fixou um imposto sobre exportações
de petróleo, a exemplo do que fez com as commodities agrícolas. O
objetivo era reter no país os ganhos extras gerados pela especulação
internacional com matérias-primas. No Brasil, empresas como a Vale do
Rio Doce, por exemplo, na gestão do tucano Roger Agnelli, repassaram
sistematicamente esses ganhos extras aos acionionistas.
Os resultados
eram festejados pela mídia demotucana como prova de superioridade da
gestão privada na exploração das riquezas nacionais. Na Argentina, a
taxação não impediu que em 2010 os investidores extraissem um lucro de
1,4 bilhão de euros do subsolo nacional. A produção de petróleo, porém,
declinava: caiu 5,5% em 2010; em 2011 o país gastou US$ 11 bi
importando um produto em que é autossuficiente. A Repsol não furou um
único poço desde 2009.
Enviado por Eri Santos Castro.
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