O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, chamou de "equívoco provinciano" a disputa entre paulistas e mineiros pelo controle do PSDB após a derrota de José Serra na campanha presidencial.
"É uma briga que, além de prejudicar mineiros e paulistas, prejudica o Brasil. Precisa acabar com esse equívoco provinciano. São os dois maiores Estados em qualquer ponto de vista, mas o Brasil é muito mais", afirmou.
COMANDO DO PSDB
Freire disse que o novo presidente do PSDB, a ser eleito em maio de 2011, pode ser tanto de Minas quanto de São Paulo, contanto que haja união.
Ex-senador por Pernambuco e agora deputado federal eleito por São Paulo, Freire teceu elogios a Aécio, cotado para assumir a presidência do PSDB.
Questionado sobre que papel Serra deve ter no futuro da oposição, o presidente do PPS pregou que o ex-governador paulista tenha "espaço de uma grande liderança política".
PPS não irá se fundir com PSDB
Freire defendeu a "reestruturação e fortalecimento" do PPS e afastou a ideia de fundir a legenda, que tem tido cada vez menos representantes no Congresso, com o PSDB.
"Não [defendo a fusão]. Não é por nada, é porque não adianta defender nada que não seja factível, que não seja algo subjetivo", disse.
OPOSIÇÃO
Freire fez críticas ao governo federal e disse que não cogita aderir à gestão Dilma Rousseff (PT), mas evitou estabelecer quais serão as bandeiras da oposição em 2011.
Ele argumentou que a oposição não tem um discurso porque não é unida, mas sim formada por forças de direita e de esquerda.
"A oposição tem um programa para ser governo, mas não um programa de oposição com forças que não representam muitas vezes o pensamento nosso ou a nossa ideologia", afirmou.
Já em Minas, onde o PPS apoiou a reeleição de Antonio Anastasia (PSDB), Freire afirmou que é "natural" que o partido tenha cargos no governo. "Vamos participar, não tenho dúvida", disse.
Por RODRIGO VIZEU, da Folha.
Enviado por Eri Santos Castro.
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