1-Ao contrário de Lula, Marina é estudiosa
Ao contrário de Lula, Marina é estudiosa. Sai-se bem quando enfrenta auditórios mais sofisticados, sem prejuízo de seu perfil de ex-seringueira.
Apesar dela ser alfabetizada somente aos 16 anos, formou-se em História aos 27 anos, pela Universidade federal do Acre.
2-Marina não mudou, quem mudou foi o PT pra pior
Domina o discurso ambientalista, nos seus matizes técnicos, fruto de seis anos à frente do Ministério do Meio Ambiente, do qual saiu por divergências com o governo. Também aí, é uma pedra no sapato do discurso governista, pois pode invocar fidelidade a uma bandeira que constava desde a fundação do programa do PT. Não foi ela que mudou: foi o partido.
3-Marina, mulher e negra: uma biografia invejável
Tem biografia semelhante à de Lula, com o ineditismo adicional de ser mulher e negra, submetida a preconceitos ainda maiores que os que cercaram a ascensão de Lula ao primeiro plano da política nacional.
4-Por não ideologizar seu discurso, Marina tem
Ao contrário de Lula, Marina é estudiosa. Sai-se bem quando enfrenta auditórios mais sofisticados, sem prejuízo de seu perfil de ex-seringueira.
Apesar dela ser alfabetizada somente aos 16 anos, formou-se em História aos 27 anos, pela Universidade federal do Acre.
2-Marina não mudou, quem mudou foi o PT pra pior
Domina o discurso ambientalista, nos seus matizes técnicos, fruto de seis anos à frente do Ministério do Meio Ambiente, do qual saiu por divergências com o governo. Também aí, é uma pedra no sapato do discurso governista, pois pode invocar fidelidade a uma bandeira que constava desde a fundação do programa do PT. Não foi ela que mudou: foi o partido.
3-Marina, mulher e negra: uma biografia invejável
Tem biografia semelhante à de Lula, com o ineditismo adicional de ser mulher e negra, submetida a preconceitos ainda maiores que os que cercaram a ascensão de Lula ao primeiro plano da política nacional.
4-Por não ideologizar seu discurso, Marina tem
penetração em setores conservadores
O fato de também não ser, como Lula, ideológica – ainda que filiada a um discurso genericamente de esquerda, com ênfase na questão social -, permitiria angariar apoios na ala conservadora.
5-Marina não repetirá Cristovam Buarque
Marina, porém, está longe de ser um Cristovam de saias. Primeiro porque não é uma intelectual, que fala para um círculo restrito em tom professoral. Segundo porque não se restringirá a tratar de meio ambiente na linguagem marijuana de um Carlos Minc, ministro dessa pasta.
6-De quebra Marina é evangélica
De quebra, sendo evangélica, pode contar com o apoio dessa vasta camada religiosa da população, que há anos sonha com a conquista do poder e possui, no Congresso, uma numerosa bancada suprapartidária, ideologicamente eclética, mas afinada quando questões religiosas ocupam a pauta.
7-A polarização Dilma-Serra foi rompida.
Marina provoca a manutenção de Ciro
A sonhada polarização Dilma-Serra, que empobrecia a campanha, foi rompida. Marina, ainda que involuntariamente, estimulou Ciro Gomes (PSB) a rever o convite para que disputasse o governo de São Paulo. Ciro voltou a sonhar com o Planalto, o que piora as coisas para a candidatura de Dilma, de cujo ninho ele tira votos. Do lado do PSDB, há também preocupações.
8-Crise também no tucanato
José Serra contava com o apoio do PV para compartilhar palanques importantes, como o do Rio de Janeiro, em que o provável candidato ao governo estadual, Fernando Gabeira, já estava fechado com ele. Tenta agora montar um palanque duplo, PSDB-PV, algo inusitado numa eleição presidencial.
9-O desespero de Zé Dirceu
A intervenção do ex-ministro José Dirceu no debate sucessório, lembrando que, se mudar de partido, a senadora Marina Silva (AC), eleita pelo PT, perde o mandato, dá idéia do transtorno que aquela hipótese ocasionou aos petistas e adeptos da candidatura Dilma Roussef. Marina tira votos de Dilma e da ala governista.
10-Foi acionado o alarme
Tirar-lhe o mandato, num Congresso em que tantos já mudaram de partido sem pagar esse preço (as trocas de legenda chegam a bem mais de cem, desde 2006), serviria de combustível à sua candidatura. Nada como o rótulo de perseguição política para embalar um projeto eleitoral. A própria Dilma, que era do PDT, mudou-se para o PT, sem prejuízos à sua imagem
11-Aércio também mantém candidatura
A indefinição do panorama sucessório estimula ainda, nas hostes tucanas, a pré-candidatura presidencial de Aécio Neves, governador de Minas, que agendou uma série de visitas ao Nordeste, em busca de apoios e de fixação de sua imagem fora de seu estado.
12-Marina reacende a utopia
Marina, como se vê, é “o cara”. Sacudiu o ambiente sucessório, até há pouco polarizada e previsível. Não é mais – e essa é a contribuição que oferece, antes mesmo de se decidir formalmente quanto ao seu futuro.
5-Marina não repetirá Cristovam Buarque
Marina, porém, está longe de ser um Cristovam de saias. Primeiro porque não é uma intelectual, que fala para um círculo restrito em tom professoral. Segundo porque não se restringirá a tratar de meio ambiente na linguagem marijuana de um Carlos Minc, ministro dessa pasta.
6-De quebra Marina é evangélica
De quebra, sendo evangélica, pode contar com o apoio dessa vasta camada religiosa da população, que há anos sonha com a conquista do poder e possui, no Congresso, uma numerosa bancada suprapartidária, ideologicamente eclética, mas afinada quando questões religiosas ocupam a pauta.
7-A polarização Dilma-Serra foi rompida.
Marina provoca a manutenção de Ciro
A sonhada polarização Dilma-Serra, que empobrecia a campanha, foi rompida. Marina, ainda que involuntariamente, estimulou Ciro Gomes (PSB) a rever o convite para que disputasse o governo de São Paulo. Ciro voltou a sonhar com o Planalto, o que piora as coisas para a candidatura de Dilma, de cujo ninho ele tira votos. Do lado do PSDB, há também preocupações.
8-Crise também no tucanato
José Serra contava com o apoio do PV para compartilhar palanques importantes, como o do Rio de Janeiro, em que o provável candidato ao governo estadual, Fernando Gabeira, já estava fechado com ele. Tenta agora montar um palanque duplo, PSDB-PV, algo inusitado numa eleição presidencial.
9-O desespero de Zé Dirceu
A intervenção do ex-ministro José Dirceu no debate sucessório, lembrando que, se mudar de partido, a senadora Marina Silva (AC), eleita pelo PT, perde o mandato, dá idéia do transtorno que aquela hipótese ocasionou aos petistas e adeptos da candidatura Dilma Roussef. Marina tira votos de Dilma e da ala governista.
10-Foi acionado o alarme
Tirar-lhe o mandato, num Congresso em que tantos já mudaram de partido sem pagar esse preço (as trocas de legenda chegam a bem mais de cem, desde 2006), serviria de combustível à sua candidatura. Nada como o rótulo de perseguição política para embalar um projeto eleitoral. A própria Dilma, que era do PDT, mudou-se para o PT, sem prejuízos à sua imagem
11-Aércio também mantém candidatura
A indefinição do panorama sucessório estimula ainda, nas hostes tucanas, a pré-candidatura presidencial de Aécio Neves, governador de Minas, que agendou uma série de visitas ao Nordeste, em busca de apoios e de fixação de sua imagem fora de seu estado.
12-Marina reacende a utopia
Marina, como se vê, é “o cara”. Sacudiu o ambiente sucessório, até há pouco polarizada e previsível. Não é mais – e essa é a contribuição que oferece, antes mesmo de se decidir formalmente quanto ao seu futuro.
13-A refundação do PV e o afastamento de Sarney
A candidatura de Marina é incompatível com alianças com setores da atrasados e fisiológicos da política nacional, como por exemplo o PV do Maranhão que é também dirigido pela família Sarney.
A partir do texto de Rui Fabiano.
Enviado por Eri Santos Castro.
Enviado por Eri Santos Castro.
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