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6 de mar. de 2008

O mundo precisa de loucos
Ao pensar neste título, entendam que não considerei loucos os alienados, os “transtornados”, ou qualquer outro “ado” que seria visto por um psiquiatra como doente. Se não fui claro ao definir do que não estou falando, tentarei ser ao explicar do que de fato estou: loucos, para mim, são aqueles que, não se conformando ou se entediando com a realidade, tentam mudar alguma situação através de suas idéias, as quais são vistas, muitas vezes, com “maus olhos”, por serem demasiadamente (ou nem tanto) ousadas e assim desestruturarem o mundo.

Portanto, louco foi Picasso, louca foi Frida, louco foi Duchamp, louco foi Mário de Andrade, louca foi Pagu, louco foi Machado de Assis, louco foi Elvis, louca é Rita, louco é Tom Zé, louco foi Lennon, louco foi Sócrates, louco foi Aristóteles, louco foi Newton, louco foi Einstein, louco foi Che, louco foi Martin Luther King, louco é Al Gore, enfim,.... poderia escrever um post inteiro só citando esse monte de loucos (e devo ter esquecido-me de muitos essenciais...) que estão por aí fazendo da nossa rotina mais suportável.Viram só como eles são mesmo essenciais? Pois é, pena que a maioria das pessoas custa para reconhecer isso. É sempre assim: nos primeiros contatos com a loucura, a desprezamos, ou a ridicularizamos ou, ainda, a menosprezamos. Depois, conforme os outros (sempre eles) vão abrindo espaço a ela, adquirimos um certo interesse para com essa. E não estou falando de algo que acontece apenas em culturas onde predomina a ignorância, isto é, onde a taxa de analfabetismo é altíssima e muitos pensam que os Beatles são americanos- sem falar naqueles que nem mesmo sabem o que o quarteto fazia-; refiro-me a uma realidade que acontece, infelizmente, tanto nos países do Norte como nos países do Sul muito antes de os classificarmos assim. No entanto, é óbvio que, quanto maior a cultura, menor é a tendência de ocorrer tal comportamento. Logo, a regra vale para todos, mas sua propensão varia (“vareia”, nos países subdesenviolvidos).