7 de mar. de 2008

MULHER, SEXO FRÁGIL?

A conquista da cidadania passa pelo fim da violência sexista, o desenvolvimento de relações iguais entre homens e mulheres. Tudo isso pressupõe uma mudança cultural profunda, em que o feminino deixe de ser sinônimo de desqualificação e o masculino de superioridade. Essa luta não é nova para aqueles que identificam que a opressão das mulheres é um dos pilares de sustentação do modo de produção capitalista, que se apropria do trabalho das mulheres, na casa ou fora da casa, através do trabalho doméstico realizado e não pago, ou ainda através de salários baixos, da dupla jornada de trabalho, da falta de equipamentos públicos.

Essa opressão da mulher se manifesta também através do controle de seu corpo e sua sexualidade pelo Estado - burguês, patriarcal, branco e heterossexual - e pelas religiões - principalmente as três grandes religiões monoteístas -, que se manifesta nas relações pessoais e nos modelos sociais a serem seguidos, na obrigatoriedade da maternidade e na repressão à livre orientação sexual.

Tal opressão ainda se expressa na violência sexual, no tráfico das mulheres e principalmente na proibição da interrupção de uma gravidez indesejada. MULHER É SEXO IGUAL.