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19 de fev. de 2008
Sem paixão falar de Fidel, nos conduz as seguintes elaborações:1. É o último dos gigantes revolucionário dos países emergentes do século 20. Homens como ele, Simon Bolívar, José Marti, San Martin, Frei Caneca, Abreu e Lima, Che-Guevara e Salvador Allende marcaram profundamente uma era.2. A qualidade de vida que proporcionou aos cubanos é inédita para qualquer país da América Latina. Por outro lado, o sistema político não evoluiu. E não conseguiu com que o capital humano que desenvolveu nesse período permitisse a Cuba um crescimento auto-sustentável. Tinha uma medicina evoluidíssima, mas não conseguiu avançar na área sucro-alcooleira, em que poderia ser uma das campeãs. Toda a energia estava voltada para a promoção das condições de vida. Mas, ao abandonar o lado econômico, comprometeu o todo. Obviamente temos que analisar os efeitos do bloqueio econômico americano sobre Cuba.3. Quanto à democracia-ditadura de Cuba, um bom tema para discussão é, de um lado, os limites para as liberdades individuais. De outro, o fato de que mesmo cubanos com destaque mundial permaneceram fiéis ao país - vide Savon, Stevenson, músicos e artistas em geral. Obviamente não era uma democracia. Mas também não tinha a faceta sanguinolenta de outros regimes comunistas.Por conseguinte, nada na história recente da humanidade poderá ser escrito sem Fidel. Nada de grandioso se faz sem paixão e entrega, eis as condições de ser revolucionário. "Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega totais, às quais não estou em condições físicas de oferecer. Digo-o sem dramatismo", escreveu Fidel, afastando-se definitivamente do comando da revolução cubana."Não me despeço de vocês, desejo apenas combater como soldado das idéias", sentencia El Comandante.As elites do nosso continente vão ter que agüentar caladas, continuando a chamar Fidel de "ditador" enquanto ele recebe homenagens do povo cubano. Mas em Cuba tudo é relacionado aos estados Unidos. Mas para a evolução dessa pequena nação histórica, a eleição do democrata Obama, un negro de origem humilde,poderia ser sísmica.Por último, uma boa lembrança de Fidel. O ano é de 1986 quando o Drº Jackson Lago e Drª Kley estiveram na casa da minha mãe , no parque amazonas, em São Luís, para pedirem que eu fosse com Igor, seu filho, estudar em Cuba. Eu era o seu filho caçula , talvez por isso a decisão de D. Maritite não foi favorável à minha viagem , ela precisava da minha companhia( e eu muito mais dela), pois o Leo já estava fazendo residência médica e mestrado no Rio. O Igor foi estudar num dos melhores centros de medicina do mundo. Fui até o Rio conversar com Neiva Moreira e para minha surpresa estava com ele Carlos Aves, então dirigente do jornal Granma, órgão oficial do governo cubano. Ele me presenteou um pôster de Fidel com Che, foto de Corda e esse fato foi minha consolação. Mais tarde, soube que um amigo meu(Márcio Jardim, então vice-presidente nacional da UNE) estivara com Fidel durante o Congresso da UNE de 2003 e o presenteou com a camisa da seleção brasileira. É como se eu próprio condecorasse o Presidente cubano com tal troféu.O Igor Lago hoje é um dos melhores cardiologista brasileiro, trabalhando em São Paulo, Minas e Imperatriz.O Presidente Lula está certo:Fidel é o maior mito vivo da humanidade. "Hasta la vitoria siempre, COMANDANTE!" Uma vida ainda longa para você, "compan~ero" FIDEL CASTRO RUZ.
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